31 outubro 2006

A CIÊNCIA E A ARTE DE FICAR PARADO

Quando se vive sem trabalhar, o instinto natural do organismo (ou pelo menos do meu organismo) é de dormir às cinco da manhã e acrodar às duas da tarde. Acho que a coisa progride pra cada vez mais tarde até dar a volta no ciclo do dia. Acho que chegaria um momento que eu dormiria ao meio dia pra acordar à meia noite e assim por diante até chegar no momento inicial aonde eu dormiria à meia noite pra acordar às oito.

Infelizmente as pessoas que vivem com a gente, no caso a minha mãe, acabam criando uma resistência natural a tais hábitos de vigília e sono alternativos. É natural, acredito que aconteça na maioria dos grupos sociais aonde haja um homo inlaboralis como eu. É por essa razão que passei a usar de um artifício chamado despertador para tentar impedir que minha querida mamãe pense algo de mim além de "como é lindo o meu filho querido".

Quando se vive sem trabalhar, é comum que os organismos ao seu redor desenvolvam uma intolerância natural ao seus hábitos, ou melhor, à sua falta de hábitos, já que a repetição é uma inimiga natural do bom equilíbrio bio-psico-social. Sendo assim, tentar agradá-los passa a se tornar uma espécie de trabalho.

Meu trabalho é acordar e mostrar pra minha mãe como a vida é bela e como ela é feliz por ter um filho tão querido que fica vinte e quatro horas com ela, como na época em que eu era só um bebê, pois afinal de contas, eu adoro minha mãe! Ela merece minha agradabilíssima companhia!

30 outubro 2006

ENTOMOFOBIA

Anteontem uma barata voadora subitamente invadiu a privacidade de meu quarto alarmando-em de forma assaz desconfortável. Como eu sempre tenho uma lata de insetscida ao alcance das mãos no meu quarto, pude deixá-la tonta o suficiente pra acertá-la em seguida com um sapato.

Ela morreu e eu sobrevivi.

Uma barata não pode realmente matar uma pessoa adulta. Mas uma fobia grave pode nos deixar à beira de um ataque de nervos.

Apesar de meu medo de baratas prevalescer, não tenho certeza se o termo "fobia" ainda pode se aplicar a ele. Quando cheguei de São Paulo, aonde morava no décimo segundo andar de um prédio, longe de insetos e pragas, a presença de uma imensa barata de esgoto na minha casa era motivo pra gritaria e para que eu fugisse na mesma hora com o intuito de chamar alguém menos maricas para exterminá-la.

Como o aparecimento de gigantescas baratas de esgoto na minha casa é algo um tanto quanto freqüente, fui suscessivamente dessensibilizando a minha fobia a ponto de conseguir matar baratas sem o auxílio de ninguém. Apenas eu e ela, sozinhos, como Rocky Balboa e Ivan Drago no ringue.

A questão é...

Bom...

Eu acho que...

A questão é que não há questão nenhuma. Não tem moral da história, não tem nada.

É engraçado que quando eu comecei a escrever este post, sentia intuitivamente que haveria alguma grande metáfora a ser transmitida além do fato literal de eu ter perdido grande parte do meu medo de baratas.

Eu estava errado.

Hum...

Que silêncio desconfortável.

Enfim. As baratas são os insetos rasteiros mais velozes da natureza. Se você borrifar um pouco de insetscida antes, as chances de que ela fuja de uma sapatada e desapareçam debaixo do armário diminuem consideravelmente, então tenham sempre uma lata de insetscida ao alcance!

29 outubro 2006

O BRASIL PERDEU OUTRA VEZ

Eu estou revoltado! O Brasil mostrou novamente que não é o país no qual eu deveria ter nascido elegendo essa porcaria de torneiro mecânico ególatra outra vez!

Tem uma coisa que eu espero, que alguém puxe o tapete dele e a justiça seja feita nesse país, já que pelo que tudo indica, o brasileiro só se preocupa com as aparências. Você pode roubar desde que fale errado e tenha sido pobre um dia pra que todos vejam que o presidente é "gente como a gente".

Isso só é mais uma prova de que a corrupção não é um problema externo ao nosso país, algo que "os políticos safados de brasília" fazem e apenas por isso continuamos sendo um país pobre e subdesenvolvido, mas sim um problema da nossa cultura como um todo. Para o brasileiro, dar um jeitinho, fazer pequenas contravenções é algo totalmente aceitável e até glamouroso, portanto desde que o presidente se mostre um "herói do povo" ele pode passar em cima das regras, da constituição quantas vezes quiser, já que pelo jeito, ninguém aqui dá a mínima pra isso. O que significa que por aqui ninguém dá a mínima pra democracia!

O Brasil me deprime pessoal, não falo mais nada!

26 outubro 2006

DIVAGAÇÃO CAFONA (não é engraçado)

Faz mais ou menos um mês que a minha cachorra ficou cega. Ela é um cocker spaniel e cockers costumam ter problemas de visão quando chegam em idade avançada por causa do excesso de pele que fica flácida e vai se dobrando sobre os olhos, irritando-os repetidamente. A questão é que depois da Tica ficar cega, não posso mais confiar em deixá-la sair sozinha, pra ela ir passear, preciso ir junto.

Nesses últimos dias o tempo nublado foi quase tudo o que se conseguiu do clima na minha cidade, o que por sinal me deixa bastante de mau humor.

Minha mãe me pediu várias vezes então pra que eu levasse a Tica pra passear, mas o tempo nublado e seu correlato psíquico no meu humor geral impediram que tal pedido fosse atendido.

Foi então que eu parei pra pensar: minha cachorra é cega. Exceto pelos momentos em que está chovendo, não existe tempo ruim pra ela. Ou então não existe tempo bom. O clima em si torna-se subjetivo. Se vai fazer tempo nublado ou se vai fazer sol, se será um dia tempestuoso ou um lindo dia, tudo depende do que passa em sua cabeça.

Pra nós não é muito diferente, na medida em que nos distanciamos da realidade objetiva, da realidade prática dos acontecimentos físicos, mais nos aproximamos de nós mesmos e mais estamos sujeitos às variações do nosso clima interno, da nossa meteorologia psíquica. Alguns constróem grandes abrigos por fora e se preparam pra quase tudo o que a natureza possa nos reservar, mas não necessariamente se preparam para as grandes tempestades da alma. Pessoas como eu dormem ao relento mas se preparam para verdadeiros furacões interiores. Não é dizer, é claro, que isso seja o jeito certo de se agir. Não existe um jeito certo. Tudo traz suas conseqüencias boas e ruins.

E pensar que eu poderia ter levado a Tica pra passear em vez de escrever esse texto.

Talvez eu possa fazer as duas coisas. Não sejamos tão radicais, não é mesmo?


P.S.: eu falei que não era engraçado, mas ninguém me leva a sério!

25 outubro 2006

EVIL FRANCIS DE OUTRA DIMENSÃO

Ontem eu pensei em algo que seria muito bacana de ser comentado aqui nesse blog. Porém, após uma suscessão de acontecimentos quaisquer, eu me esqueci. Foi perdido para sempre, apagado da existência, soterrado na avalanche do esquecimento de um homem sem memória num mundo que não criou.

Fico pensando se o texto que eu teria escrito ontem poderia ser a mais brilhante expressão textual jamais expressa pelo homem.

Não, acho que não.

Mas, mesmo assim, o texto que eu poderia ter escrito ontem poderia ter me trazido à tona diversos questionamentos que poderiam alterar substancialmente os próximos acontecimentos da minha vida. Mas eu não o escrevi e me condenei a não passar mais do grupo de eventos "A" para o grupo de eventos "B". Também não existe nenhuma maneira de determinar qual seria o melhor para mim e para as pessoas que comigo convivem.

Se eu fosse gerente de recursos humanos concluiria esse texto com uma frase mais ou menos assim:

"a cada momento nos condenamos e nos presenteamos com uma nova vida de mudanças e transformações" (entre aspas pelo fato de eu estar parafraseando um Francis alternativo, que vive em uma dimensão paralela, e que faz dinâmicas de grupo com os possíveis futuros colaboradores de alguma indústria farmacêutica qualquer).

Mas eu não sou um gerente de recursos humanos! E se pudesse encontrar o tal francis (com letra minúscula! Falso ídolo!) eu o diria umas boas verdades a respeito da ideologia do consenso que reina no senso comum e suas semelhanças com o totalitarismo!

Bom, eu não acredito mesmo em possibilidades, acredito no destino. Afinal de contas, uma infinidade de eventos fizeram com que a condição de ter escrito o texto ontem sobre o que eu pensei algo completamente impossível. Apenas possível por eu desconhecer todas as variáveis envolvidas no processo. Mas, sei lá, acho que isso ia ficar muito grande pra falar nesse post, o que diminuiria a aceitação do mesmo.

Então, que se foda!

Se minha vida fosse um filme, ou melhor, uma série, daria um bom episódio: Francis contra o Evil Francis de outra dimensão!

22 outubro 2006

CONFRONTATION OF THE DARK MORBID FORCES OF HELL

Tem dias que a gente simplesmente não anima. No tempo da pinga, eu até ia pra qualquer canto e deixava o álcool anestesiar meu senso crítico. Agora eu, de fato, preciso de um estímulo extra pra deixar o conforto do meu lar e o meu querido computador-elétrico.

Poderia estar na matinê-metal que está rolando aqui na cidade. Não faço a menor idéia do nome do festival, mas o caso é que isso também não faz a menor diferença já que eu não gosto de metal mesmo.

Falando nisso, eu realmente tenho um ódio mortal pela mania que esse pessoal daqui tem de fazer shows de tarde. Eu saio à noite, chego às cinco da manhã em casa e acordo à uma da tarde. Daí vem esse pessoal e me diz que eu tenho que estar pronto às duas pra poder me divertir de novo? Caramba, isso parece trabalho! Aliás, a única diferença é que em vez de ter que aturar um chefe gordo e ignorante gritando na minha cabeça, eu tenho que agüentar é um cabeludo gritando no meio de uma barulheira de guitarras sem nexo sua interessantíssima opinião a respeito da grande batalha entre o céu e o inferno.

É, acho que vou ficar em casa mesmo!

19 outubro 2006

NA FAVELA PREVALECE A LEI DO CÃO

A moça que trabalha aqui em casa me pediu pra baixar alguns MP3 dos Racionais MCs pro filho dela que comprou recentemente um MP3 player. Acabou que o shuffle do winamp me fez ouvir as músicas que antes seriam apagadas assim que cumprissem sua função de rechear o aparelho eletrônico do menino. Confesso que estou impressionado.

Esses rappers acham que nós, que não moramos no gueto, passamos o dia inteiro comendo na frente da televisão, como se fôssemos alguma versão contextualizada dos industriários maus dos livros de Dickens. Naturalmente toda regra tem sua exceção: no RAP americano a temática evoluiu de protesto para a contemplação de glúteos femininos e relatos em primeira pessoa de seus respectivos bens e direitos.

Talvez por termos mais problemas sociais que os norte-americanos, no Brasil as coisas continuam como antigamente. O ilustre Mano Brown continua nos mostrando sua revolta com a dura realidade da periferia. E ele é bom nisso! Brown consegue ser tão incisivo e passional nos seus argumentos que eu, como bom canceriano, fico seriamente compelido a ir atrás dele e pedir as mais encarecidas desculpas por ser um 'branquinho do shopping' (apesar da minha pele amarronzada) e em seguida pedir por favor pra que ele não afogue a minha namorada na piscina.

- Ela não fez por mal, Sr. Brown, somos meros produtos desse sistema corrupto!

18 outubro 2006

DIÁLOGO

Ela: As pessoas são estranhas.

Eu: Não, as pessoas não são estranhas, os alienígenas sim são estranhos. Com aqueles tentáculos e tudo mais. Lulas gigantes também são estranhas, pela mesma razão.

(silêncio)

...E ela nunca ri das minhas piadas. Vou encarar como um desafio.
EXTRA! EXTRA!

Notícia bombástica! Acabei de ter a grande sacada da década sobre a minha própria vida! Se eu fosse um país, o insight que eu acabei de ter seria uma revolução que deixaria a própria revolução francesa no chinelo!

O assunto é o seguinte, depois de mais de um mês sem beber estou percebendo que o que antes parecia uma tragédia pode ser a minha salvação. Em 1997, quando fiz minha primeira terapia, eu passei a descobrir que poderia me socializar e me divertir com isso, e não só fazê-lo por necessidade, como uma forma de passar pelas pessoas sem que elas acabassem com a minha auto-estima. E isso foi ótimo! Fiz uma porção de amigos e até ir pra escola passou a ser menos penoso, quem sabe até divertido.

Infelizmente tudo acabou quando eu passei no vestibular. A mudança de ambiente fez com que todo o meu meio social, que era o que mais me dava suporte, ficasse pra traz e o baque de ser mais uma vez um estranho me desestabilizou. Foi nessa parte da minha vida que eu voltei a beber, e mais que isso, me fez aprender a beber como eu estava bebendo até recentemente. Não é que eu passei a beber mais ou menos, mas sim a relação que passei a estabelecer com o álcool, a partir daí, eu bebia para obter a satisfação que a vida não estava me dando. Eu bebia e ficava animado com o que viesse, mas não de uma forma autêntica, mas extremamente artificial.

Deste ponto em diante, minha vida foi estabelecendo uma relação aonde meus objetivos de vida passaram a ter um papel quase que secundário do lado da minha certeza de que tudo o que eu precisava era ir para um bar e pedir uma cerveja. Aquilo era minha válvula de escape, a válvula de escape de uma frustração que eu parei até mesmo de perceber. O problema é que, como eu costumo dizer, o ser humano tem os olhos na frente, o que significa que nós somos predadores, somos reforçados pela sensação de perseguir nosso objetivo, de caçá-lo e não apenas ficar pastando nossas metas como vacas em um pasto. E foi exatamente o que eu me tornei: uma vaca! A diferença é que em vez de capim, eu pastava cerveja. Infelizmente eu não sou um herbívoro e o conformismo não foi marcado no meu DNA.

Esse meu grande insight de banheiro começou a algumas semanas atrás quando eu me dei conta de que a vida era muito sem graça sem álcool justamente porque não era mais qualquer coisa que me poderia me animar, eu precisava buscar novos horizontes!

Não é a toa que eu quis matar o médico quando ele me falou que eu não poderia mais beber, como é que eu iria deixar uma pessoa jogar pra mim uma responsabilidade de me adaptar em uma mudança tão grande? De repente, em vez de matá-lo, eu tenho é vontade de lhe dar um abraço!

- Doutor, acho que o senhor salvou a minha vida!

E eu pensei nisso tudo cagando. Bom, a vida real pode ser muito poética, mas não necessariamente estética!
PINTURA À DEDO

fiz caminhada com as meninas, Lígia e Balbina. A internet continua ampliando mais e mais o meu circuito social. Isso é muito bom, principalmente levando em conta que a seis meses atrás eu só tinha meus velhos amigos e agora deve dar pra encher um estádio.

Peço desculpas pela falta de posts nesse meio de imprensa eletrônica, mas tudo tem um porquê. Sexta feira chegou aqui em casa a minha mesa digitalizadora nova em folha que eu comprei no mercado livre(tm). Pra quem não sabe, uma mesa digitalizadora (ou tablet) é uma placa de plástico que você liga na entrada USB enquanto movimenta uma caneta magnética por cima. Com essa caneta você controla o cursor que normalmente é movimentado pelo mouse. Como uma mesa digitalizadora tem muito mais precisão (acurácia e não necessidade) que um mouse, dá pra desenhar no PC como se este fosse um papel.

Confesso que esse foi o melhor brinquedo que eu comprei em muito tempo. Estou desenhando o tempo todo como não o fazia desde a infância, com a diferença que agora tenho todas as cores que o photoshop pode me oferecer só que sem a sujeira da tinta óleo, aquarela ou qualquer outra. Mais pra frente eu vou ver se animo de mostrar algumas das minhas produções por aqui.

17 outubro 2006

TÍTULO

Pessoas hipocondríacas se tornam médicos autodidatas. Bom, pelo menos eu estou me tornando um. Sempre tenho uma resposta pronta quando alguém reclama de algum tipo de dor ou sintoma simples. A questão é que eu não acredito na sabedoria popular e por isso nunca tomo um chazinho ou mastigo raíz de seja-lá-qual-for a planta. Acho que o povão, a choldra, a plebe não sabe nada e tem mais é que ficar calado em vez de dar pitaco onde não é chamado. Quando eu fico doente, como hoje, que acordei com uma dor de garganta galopante e uma gripe dos infernos eu faço o que considero o procedimento mais lógico: eu uso da ciência.

Antibiótico e anti-inflamatório. Antibióticos as 8:00 e às 20:00 horas e anti-inflamatórios às 8:00, 16:00 e 0:00.

Hoje também foi o dia de buscar remédios pra minha neuralgia. Descobri que o neurologista que os receitou realmente deve ser um fóbico social. Além de não olhar pra mim em momento algum na primeira consulta, ele também não fez questão de me ver antes de me dar mais receitas. Bom, saí no lucro, nem precisei passar meu cartão da unimed!

Mas por que eu estou falando essas coisas pra vocês? Hum... Talvez eu me sinta a vontade na presença de vocÊs, leitores. Devemos estar desenvolvendo algum tipo de intimidade. Por favor, me entendam, eu estou doente. Alguém aí me traz um chocolate quente?

15 outubro 2006

CINEMA, A SEXTA ARTE (SEXTA É CLARO, PORQUE A DANÇA NÃO CONTA)

Eu costumo comentar que não tenho muita paciência pra filmes de arte, filmes alternativos, etc. Mas esse fim de semana assisti "Uma Vida Iluminada" e acabei me divertindo muito. O filme é muito bacana, mostra um monte de excentricidades de um povo do leste europeu. Achei meio estranho que o filme é uma comédia nonsense até a metade e um drama na segunda metade, mesmo assim, é um bom filme, eu recomendo.

Nesse fim de semana parei pra pensar sobre o fato dos filmes Nerd gradualmente pararem de me agradar, com excessão, é claro, dos bons. Sim, porque houve um tempo em que qualquer coisa que tivesse alguém com superpoderes, ou com armas de raios no espaço me entreteria por horas. Bons tempos aqueles, porém hoje em dia, eu já estou até meio vacinado de tantas produções horríveis voltadas para o público "leite e biscoitos" a ponto de reconhecê-las pela capa do filme. Refinar seu gosto cinematográfico diminui a capacidade do homem de se divertir, sendo que obras primas do gênero, como Homem-Aranha 2 não são feitas todo dia.

Esses dias meu amigo Fabrício me contou que assistiu Supergirl essa semana e que o filme era uma porcaria. Eu fiquei com uma certa curiosidade de ver novamente, depois de adulto pra formular algum tipo de opinião, mas daí eu pensei melhor e decidi que não. Foi um dos filmes favoritos da minha infância nos anos oitenta e por essa razão acabei decidindo ficar com a minha saudosa memória em vez de substituí-la com um filme ridículo por via dos fatos.

Falando em filme ridículo, a regra para escapar de um filme ruim na locadora, seja qual for o gênero, é simples: sempre que o filme tem uma comparação na capa, ele é ruim. "Mais frenético que duro de matar!", "esqueça matrix", "tão eletrizante quanto madrugada dos mortos", esqueçam, puro caça níqueis, não aluguem!

13 outubro 2006

A PESTE NOTURNA

O vírus da gripe funciona da seguinte maneira. Você acorda meio resfriado, mas na medida em que a o dia vai aumentando a temperatura, você vai gradualmente ficando melhor até esquecer que já esteve doente. Você vive a sua vida, faz as suas coisas e especialmente numa sexta feira, você liga para os amigos e marca um esquema pra noite. Então quando a noite cai, a temperatura vai caindo e você vai voltando gradualmente a estar gripado ou resfriado. Tudo culmina com o momento em que você toma banho e molha o cabelo, quando percebe que de fato está doente demais pra sair de casa, então liga pros amigos e desmarca tudo.

E ainda dizem que a gripe e o resfriado não tem nada a ver com a temperatura. Se não for isso, o que é então? Será o vírus da gripe um microorganismo desenvolvido pelos puritanos dos estados unidos pra impedir que se tenha uma vida noturna?

Atchim!

11 outubro 2006

MUITO TRABALHO E POUCA DIVERSÃO...

Toda a minha vida é baseada na perseguição desesperada da diversão e do prazer. Às vezes eu abro mão de certos prazeres, como o de comer, por exemplo, para espantar a dor de olhar no espelho e ver que eu não pareço nem um pouco com os meus antigos personagens de RPG. Enfim, a condição humana é essa: procurar prazer, fugir da dor, simples assim. Eu me recuso a assumir os estereótipos da vida adulta porque os "adultos" (bem entre aspas mesmo) acabam por esquecer metade dessa condição. A maioria das pessoas deixam o prazer de lado e concentram quase todo o seu esforço em fugir da dor. Naturalmente que a culpa não é delas, desde criança as pessoas são condicionadas a dizer não a si mesmas pra escapar de alguma coisa pior que a falta da recompensa que é a chinelada. Na escola, deixamos de lado nosso entusiasmo com o mundo pra estudar coisas que nem entendemos, ou seja, nos conformamos com a derrota de saber que o nosso tempo não pertence a nós, mas a qualquer um que nos dite alguma regra.

É hora de voltar a essa infância perdida, de aprender um jeito adulto (sem aspas) de brincar. Não digo brincar do tipo distração, mas sim fazer alguma coisa, mostrar pro mundo que você é um indivíduo e não outra cópia saída da linha de montagem.

Façam como os gregos: vivam em torno de como serão lembrados depois de morrer. Isso é mais importante que as suas férias em ilhéus e o seu carro do ano! Evoluam!

10 outubro 2006

"I'M ONLY HAPPY WHEN IT RAINS"

Tenho um problema sério com dias nublados. Sempre que chega essa época do ano eu acabo ficando meio deprê, pelo menos até eu me acostumar com a idéia do céu cinzento. Eu me lembro que tem um daqueles países underground da Europa onde, apesar do excelente padrão de vida, a taxa de suicídios é altíssima. Fico me perguntando se a razão pra esses europeus ricos se suicidarem tanto possa ser a cor do céu, já que lá fica quase sempre nublado. Não lembro bem que país, acho que é um desses aí que fabrica queijo e/ou chocolate.

Que coisa, não é? Deve ser humilhante viver num país desses sabendo que ele compartilha do mesmo continente que nações como a Inglaterra ou a França. Pensem bem, quando as pessoas ouvem falar na Inglaterra, lembram que ela foi o berço da revolução industrial, que colonizou a américa, e que um dia já foi um dos maiores impérios que o mundo conheceu; quando ouvem falar da França, lembram da gloriosa revolução francesa: Sangue da nobreza opressora derramado em nome dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade; daí quando lembram do seu país, lembram de queijo e chocolate! Ah, fala sério! Tem mais é que suicidar mesmo!

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Não me sinto muito bem pra escrever hoje. Minhas costas estão doendo pelo excesso de tempo no computador. É incrível como a gente sente tudo doer por estar no computador e ainda assim permanece sentado na frente da máquina mágica. Eu olho para os lados e penso no que mais eu poderia fazer, na maior parte das vezes eu chego à conclusão de que não há nada melhor pra se fazer que ficar no computador às custas da dor física.

Para os católicos sofrer é uma coisa boa. Ainda que eu não seja cristão, qualquer coisa é motivo. A dor purifica o espírito e tudo e tal!

Sem computador hoje em dia, as pessoas morrem. Somos ciborgues: organismos vivos com suporte vital artificial. Eu mesmo devo checar só esse blog umas vinte vezes por dia atrás de comentários. Ainda assim existem aquelas pessoas que rejeitam as novidades tecnológicas, que dizem que tudo isso é supérfluo e que todos viviam muito bem sem celulares, sem acesso a internet. Eu contesto. Para mim essas pessoas são obsoletas, são coisa do passado. Vejo o passado como um rascunho improvisado do futuro, um croqui.

No passado tínhamos barreiras práticas à nossa imaginação, tínhamos que nos contentar com esperar, tínhamos que nos contentar com a sorte, com o acaso. O homem do futuro traça seus objetivos e os executa imediatamente. Não há tempo a perder, estamos muito ansiosos pra viver todas essas experiências. O homem do futuro não precisa de sorte, ele tem informação para prever o que antes chamávamos de acaso.

Esse homem do presente que vos fala está muito ansioso por carros voadores e esteiras rolantes.

Ai, minhas costas!

09 outubro 2006

O BICHO-HOMEM

Ontem fui ao zoológico. Aprendi que existem formas realmente baratas de se divertir quando se presta um pouco de atenção no mundo dos sóbrios, e eu digo barato mesmo, porque só custou quatro reais de entrada pra mim e pra minha namorada. Mas eu pergunto: a que preço? Acho o zoológico um lugar interessante porque adoro animais, mas ao mesmo tempo fico muito tocado pelo vazio no olhar deles, presos naquelas jaulinhas minúsculas passando a vida sem fazer nada além de comer.

Ainda que não exista ordem no caos e que a natureza seja, muitas vezes perversa, permitindo que surjam criaturas como nós que somos capazes de escravizar animais apenas por ter o poder para fazê-lo, isso tudo ainda me comove. Mas como esperar que as pessoas respeitem os animais sendo que nem nós mesmos somos respeitados nessa budega de país?

Acho que não deveríamos fazer experimentos com animais, sendo que temos uma porção de psicopatas bem tratados por aí, que por sinal, dariam cobaias bem melhores. Também acho que deveríamos usar nossa tecnologia em clonagem de tecidos pra fabricar nossa carne sem que ela tenha que sair de um animal vivo. Essas idéias podem parecer "nerd" demais pra muitos de vocês, contudo não esqueçam que nós nerds mudamos o mundo com a nossa tecnologia e nossas idéias fantásticas.

Tudo bem que os nerds também inventaram o Windows, mas entendam isso como uma vingança pelas vezes que vocês, comuns, nos jogaram dentro da lata do lixo!

06 outubro 2006

SONHO DE CONSUMO

Minha namorada não aguentou mais uma vez e leu todos os spoilers de lost, o que incluía um roteiro inteiro do primeiro episódio da terceira temporada. Eu reprovei muito o comportamento do meu cônjuje.

Não entendo essa ansiedade que as pessoas têm de saber de muitas coisas, principalmente coisas que vão diminuir o prazer delas depois. Também não entendo as pessoas que namoram catálogos de coisas mais caras do que podem pagar. Sou do tipo que não dá a menor bola para o que está além dos meus horizontes de consumo. Não quero dirigir o carro dos meus sonhos mesmo porque eu nem me permito procurar descobrir qual é o carro dos meus sonhos. Eu nem sequer sonho com carros! Acho que o carro ideal pra mim precisa voar e ter uma porta que abre pra cima. E isso, meus amigos, ninguém nesse planeta pode pagar. Acho meu carro o máximo, ele me leva do ponto A ao ponto B e me protege da chuva.

Outro dos meus sonhos impossíveis é poder desligar e ligar minha libido de acordo com a conveniência. Imagine andar na rua e nem a mulher mais linda e gostosona do planeta ter qualquer efeito sobre você? A monogamia seria incrivelmente menos dolorosa. Eu poderia estar cercado de playmates nuas se esfregando em mim sem a menor vontade de fazer nada além de pedir: "com licensa, moças, me deixem passar, por favor".

Enfim, veja o tanto que é melhor ter sonhos impossíveis, você não se sente mal porque alguém tem algo que você nunca vai poder ter porque ninguém tem mesmo! E pelo que eu saiba, ninguém sofre de inveja do super-homem ou do homem-aranha e tampouco fica deprimido por não ter uma espaçonave que vira robô!

05 outubro 2006

PARA TRÁS OU EU ESTOURO SEUS MIOLOS!

Hoje eu tenho a minha primeira sessão de terapia. Lembram? Quando eu disse que não podia agüentar a abstinência alcoólica sem ajuda de profissionais qualificados? Pois é, eu estava falando sério!

Uma coisa que me deixou muito encabulado foi que quando eu pensei pela primeira vez em escrever aqui sobre estar voltando à terapia, eu acabei desistindo da idéia. Por um momento me pareceu que eu, psicólogo formado, estava com vergonha de falar para os outros que eu precisava de ajuda. Uma coisa era eu ter medo da reação dos outros quando eu fiz minha primeira terapia em 97, outra é eu ter esse medo agora, em plena vida "adulta". Em 97 eu tinha medo das pessoas acharem que eu era esquisito demais. Acabei aprendendo na terapia que eu era esquisto mesmo, mas que isso não necessariamente era uma coisa ruim.

Eu sou um canceriano chorão, como todo mundo do meu signo, a diferença é que eu acredito que acima de tudo é importante manter a pose antes que alguém comece a achar que eu sou um desses viadinhos zen que andam descalços na rua de bata, do tipo que se via aos montes na faculdade de psicologia.

O lance é que às vezes manter a pose gasta muita energia. Tomara que manter a pose queime calorias pelo menos!

04 outubro 2006

PETRÓLEO

Ontem e hoje choveu um bocado e parece que a temporada de formigas finalmente chegou. Eu sei disso porque hoje eu exterminei milhares delas no meu quintal com um vidro de álcool e três fósforos. Alguns podem pensar que isso seja crueldade, mas eu estou apenas protegendo meu habitat natural: a minha casa. Tá, eu sei, minha casa não é um habitat natural, eu sou o bicho-homem, sou mau, conquistei a terra escravizei os animais, tudo isso é verdade, mas por outro lado, quem foi que criou a gente? A natureza, é claro! Se a natureza criou um predador mortífero que constrói suas colônias ao custo da destruição de outras espécies ou mesmo ecossistemas inteiros, ela deveria ter pensado melhor antes de transformar os símios primitivos em bailarinas, professores e gerentes de recursos-humanos! Meu ponto é que nem tudo o que é natural é necessariamente bom, veja o sanduíche natural, por exemplo, ele pode te dar uma senhora caganeira de salmonela se a pessoa que te vendeu não tiver o cuidado de conservá-lo do calor. Tente inalar meio litro de gás natural pra ver o que acontece!

Para mim a natureza simplesmente não tem propósito, é o caos, as reações em cadeia, um eco do big-bang. Demos sorte até agora, mas nem sempre ela vai estar do nosso lado. Um exemplo disso são os dinossauros: eles viviam felizes e contentes quando, de repente, BUM! Veio um meteoro e transformou todo mundo em petróleo.

É isso, queridos leitores, nós somos o petróleo do amanhã!

COMPARANDO

Manter um blog constantemente atualizado tem algumas coisas em comum com manter um regime. Eu sei disso, pois depois de amanhã, estarei completando 3 meses de regime, e meus amigos, eu posso afirmar que a maioria dos gordos não chega nem perto disso.

Quando você começa a fazer regime, a primeira preocupação que tem é como reagir ao estímulo da comida de uma forma diferente da corriqueira, ou seja, injerindo-a. Costuma dar um trabalhão. Tem gente que escova os dentes muitas vezes ao dia para que o gosto da pasta de dentes os faça perder o apetite, tem gente que sai de casa na hora do almoço pra sequer ter que sentir o cheiro da comida. Enfim, existem mil formas de se esquivar do objeto de tentação, mas uma coisa é sempre clara: o objetivo final é não comer.

Escrever um blog tem a ver com uma dieta no que diz respeito à força de vontade. Você tem que desprender um certo tanto da sua energia pra poder escrever alguma coisa todo dia. A diferença dessa força de vontade pra aquela que se precisa em um regime é que no blog não se tem uma coisa clara como objetivo. Você sabe que precisa de um texto, mas como será esse texto cabe apenas àquela variável fujona que chamamos criatividade.

Eu emagreci mais de dez quilos nesses três meses, não é possível que eu não vou conseguir escrever um texto todos os dias! Eu juro, meus amigos, esse blog, um dia, será magro!!

02 outubro 2006

NAVEGAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO

Minha mãe me perguntou outro dia o porquê de eu estar fazendo sopa pra comer ao invés de comer a que ela havia preparado. Expliquei pra ela que a grande questão era a precisão. Na minha sopa, eu gasto 25 gramas de fubá (90 calorias), 50 gramas de proteína de soja (141 calorias) e dois tabletes de caldo de carne (50 calorias), o que totalizam duzentas e oitenta e uma quilo-calorias. Na sopa da minha mãe, o máximo que eu posso fazer é estimar, e eu sou muito obsessivo-compulsivo pra confiar minha forma física a meras estimativas.

O que eu queria mesmo era controlar tudo. Ter informações precisas e detalhadas sobre todos os meus domíniso, eu queria mesmo é ser rei!

"Navegar é preciso, viver não é preciso."

Falando nisso, eu demorei muitos anos pra entender essa frase que eu aprendi na escola quando ensinaram sobre as grandes navegações. Na época pensei comigo "Nossa, os portugueses são mesmo burros como dizem, nem pra fazer a porcaria de um slogan eles servem", tudo isso porque imaginava que preciso significava necessário. Só muitos anos depois entendi que o termo em questão significava exato e não necessário e que o tapado na verdade era eu e não a pobre nação portuguesa.

Sempre fui tremendamente encabulado com as porcarias que eles ensinam na escola. Nunca esqueci que a explicação da diferença entre capitalismo e socialismo era que capitalismo se caracteriza por uma economia de mercado enquanto socialismo, por uma economia planificada. Eu escrevia na prova, a professora dava um C de vermelho como sinal para "certo", mas para mim aquilo não explicava patavinas. O que diabos era uma economia de mercado? Planificada então, piorou. Pra mim mercado era o Supermercado Mac que ficava a alguns quarteirões da minha casa e economia significava não gastar a minha mesada toda no dia que eu a recebia. Mas todo aquele papo da escola era muito distante da minha realidade de criança e eu preferia não perguntar mais nada. Afinal de contas, aquilo lá não tinha nada a ver com os meus reais objetivos de construir uma armadura de papelão parecida com a do a do Jaspion.

Até hoje eu tenho saudades da minha armadura de papelão.

HUMANOS vs MUTANTES

Quando fui numa dentista especialista em dor em Goiânia fazer uns testes, ela me disse que eu tenho uma excelente abertura de boca. Sim, isso mesmo, ela disse que eu posso abrir a boca mais que a maioria das pessoas. É muito bom saber que a gente é melhor que os outros em alguma coisa, só que... abrir a boca? Pra que diabos isso serve? Talvez eu poderia ganhar um daqueles campeonatos de comida que existem nos EstadosUnidos, aqueles em que ganha quem comer mais cachorros-quentes num determinado tempo. O problema é que esse é um péssimo "esporte" pra quem está de regime pra emagrecer.

Falando nisso eu também me lembro de outra mutação genética minha, quando arranquei meus cisos, o dentista viu que um deles tinha três raízes em vez de duas (ou quatro, sei lá). Ele disse que se tratava de uma ocorrência extremamente rara na odontologia. Fiquei meio que na mesma.

Se eu estudasse na escola para jovens superdotados do professor Xavier, com certeza eu viveria de recuperação.

01 outubro 2006

O DIÁRIO DA GORDURA

Acho que nunca comentei aqui, mas eu anoto tudo o que eu como num caderno que apelidei de Diário da Gordura. Pego cinco folhas de papel sulfite A4, dobro e grampeio no meio igual um gibi da turma da mônica, com a diferença que em vez de quadrinhos gerados por um algorítimo de computador que combina imagens e textos, o conteúdo é a minha dieta diária.

Anoto a hora, a refeição, o conteúdo da refeição e em seguida a quantidade de calorias. Hoje, é o 85.° dia de dieta. Estava comendo uma média de 1300 calorias por dia. Essa média caiu pra 1200. Minha meta atual é baixá-la pra 1000. Parece pouco, mas eu me espantei esses dias em descobrir que se você é muito gordo e vai pra um SPA, o limite de calorias pra você será de 300 por dia, que é mais ou menos o que eu como no meu almoço.

A questão maior é: eu não acho que vocês queiram saber sobre a minha dieta.

Como vocês podem ver, hoje eu não tenho muito o que falar. Eu poderia falar sobre a eleição de hoje, mas já comentei sobre processo democrático anteriormente.

A questão é que esses dias eu falei pra um amigo meu que alegou uma crise criativa que o melhor jeito da gente produzir melhor é produzir sempre. Tipo, se você não tem uma coisa bacana pra dizer, diga qualquer coisa. Penso que a crise criativa é como uma prisão de ventre: Você fica muito tempo sem produzir nada e aquele material criativo não expelido forma um bolo que endurece bloqueando o seu ânus criativo e impedindo que o resto do material consiga passar. Sendo assim, isso passa a criar um ciclo vicioso que torna o bolo fecal criativo cada vez maior tornando você cada vez mais parecido com uma pessoa comum que vê o faustão no domingo e torce pro time do coração.
SANTO REMÉDIO

Comecei a ouvir a rádio DIGITALLY IMPORTED do shoutcast, as rádios do winamp. Essa rádio só toca música ambiente eletrônica, que é tão lenta, mas tão lenta, que quando você pensa que a música acabou, eles tocam outra nota. Definitivamente essa é a cura pra insônia, porque todos os dias em que eu fiz isso, dormi bem mais que a média de horas de sono que eu costumo dormir por noite. É impressionante, enquanto o negócio tá correndo, parece que eu estou em uma espécie de trase hipnótico. Eu recomendo pra quem quer que tenha dificuldades pra dormir.