31 outubro 2008

AS GRANDES MENTES DO METAL

28 outubro 2008

HÁ COISAS QUE TEMOS QUE COPIAR E COLAR

Para o benefício da coletividade.

20 outubro 2008

NO MUNDO DA LUA

A duas semanas eu venho sucumbido a um dos meus maiores vícios: os MMORPG. Dessa vez o escolhido foi Perfect World, jogo chinês, agora com versão internacional, extremamente semelhante ao famoso World of Warcraft, ou simplesmente WoW para os íntimos de um dos maiores passatempos nerds da atualidade.

Após o grande colapso que o Second Life causou na minha vida, reconheci certos "sintomas" do estranhamento à realidade que esse tipo de jogo tem em mim.

E isso me assustou pra caralho!

Cobra Kungfu, meu avatar no second life me fez engordar cerca de 12 Kg e perder quase toda a minha vida social (inclusive um relacionamento de cinco anos) na medida em que eu substituía todas as minhas frustrações do mundo real pela satisfação de viver em um mundo aonde eu tinha um corpo escultural e muito dinheiro.

Talvez não haja nada melhor que a experiência de desencorporamento, é como as drogas, você as usa pra se livrar do grande peso que é ser você mesmo. E o second life é assim, mesmo com seus gráficos muito ruins, esse metaverso tem o poder de envolver as pessoas e as retirar gradativamente de suas vidas até que elas não passem de um mero obstáculo para suas horas de jogo.

Nunca tive tendência a me viciar em drogas convencionais, porém essa nova espécie de droga eletrônica põe meu cérebro em colapso como o crack faria a um menino de rua. E é por isso que o meu personagem, após sua curta vida de duas semanas, acaba de vir a óbito.

Descanse em paz, Shaktan.

08 outubro 2008

E.T.s vs. ASSOMBRAÇÕES

Discutíamos, meu cônjuge e eu, a respeito de terem sido nós, humanos ou eles, os extraterrestres, autores de grandes obras arquitetônicas como as pirâmides.



Eu, naturalmente, fiquei do lado extraterrestre, até por uma questão de identificação. Meu cônjuge assumiu a postura "não, deixa de ser idiota, lógico que foi um monte de neguinho carregou essas pedra aí!". Acontece que meu cônjuge em questão, tem como característica ser uma grande entusiasta dos eventos sobrenaturais, ocultismo, magia, religiões e almas-penadas.

Porra! Macumba pode e Disco voador não?!?!

Gostei muito dos livros do Erich Von Danichen embora eu seja obrigado a concordar que ele consiga achar evidências extraterrestres até na construção do maracanã, mas também negar completamente a menor possibilidade de uma explicação vinda do espaço pra detalhes icógnitos da história da engenharia também já é demais!

Em certo momento da discussão, eu pus em discussão por que diabos que fantasmas são mais reais que ETs? Quem assistiu "Ghost - do outro lado da vida" sabe muito bem o quão difícil que é pra um fantasma carregar uma moeda sequer aqui no mundo dos vivos enquanto é de conhecimento popular que naves intergalácticas carregam com facilidade, toneladas de matéria com seus raios-trator.

Eu odeio não poder provar que eu estou certro. Putz, e pensar que eu nem sequer vi um disco voador em toda a minha vida! Oh shit!!
OS NERDS: ASCENÇÃO E QUEDA

Nos primórdios da civilização humana, mais precisamente nos anos 70, ser nerd era uma coisa complicada -- computadores eram muito pouco acessíveis, a interface gráfica decente ainda era praticamente ficção científica, ou seja, coisa pra gente que estudava de verdade e que sacava horrores até de eletrônica.

Por outro lado, hollywood ainda era primitiva, com seus primeiros filmes da geração da contra-cultura e muito longe de ter efeitos especiais qualquer coisa distantes do trash.

Também, obviamente, não tínhamos internet, então quando alguém queria saber de alguma coisa, longe do grande circuito mainstream, precisava pesquisar em bibliotecas, lojas especializadas, se virar.

Resumindo, ser nerd era pra quem podia (e não tinha escolha, naturalmente, até porque quem consegue se destacar do bando na pré-adolescência e fazer sexo antes dos outros, dificilmente iria se dedicar a esse tipo de coisas que apesar de serem divertidas, não tinham apelo algum pra quem olhasse de fora.

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Nos anos oitenta a coisa simplificou: havia computadores pessoais a preços razoavelmente acessíveis, ainda que muito mais difícies de se operar que os "video-games" de hoje em dia. Sim, porque se você acha difícil usar o seu windows xp/vista, você não teria a menor chance contra um computador oitentista.

Os videogames realmente se popularizaram, além de o fliperama ter se tornado um lugar extremamente popular, os primeiros videogames domésticos também começaram a vender muito mais até a grande explosão que foi o lançamento do NES, o nosso querido nintendinho!

hollywood estava no pico de sua vida nerd, com direito a george lucas, spielberg, james cameron, robert zemeckis, entre outros. Nessa época também os efeitos especiais se tornaram mais caprichados, suficientes pra levar o gênero de ficção-científica do trash para o grande público.

Os quadrinhos se tornaram muito mais complexos, transcendendo a ingenuidade das primeiras publicações da marvel e da DC. Surgia também a DC vertigo, o que deu origem a vários clássicos de alta qualidade textual, coisa inédita nos quadrinhos americanos (e mundiais, na minha opinião). Os primeiros quadrinhos japoneses chegavam ao ocidente, embora que ainda eram meio que raridades de se conseguir.

Ser nerd nos anos oitenta era um caminho um pouquinho mais comum. Nenhum diploma de PhD era exigido!

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Nos anos 90, os computadores se popularizaram definitivamente(inclusive em lugares inóspitos como o Brasil). A interface gráfica e a multimídia passaram a ser parte integrante de qualquer computador e por último, mas com certeza não menos importante, a internet foi criada.

O cinema começou a dominar os efeitos digitais como a forma definitiva para criar praticamente qualquer coisa diante dos olhos, filmes como O Exterminador do Futuro e Jurassic Park deixaram óbvio pra todos que a linha entre realidade e fantasia havia praticamente desaparecido.

Os quadrinhos estavam disponíveis à todo o vapor em milhares de lojas especializadas ou não por todo o planeta. Além disso, os enlatados japoneses começaram a ser artigo comum de consumo.

Os videogames já não eram mais exclusividade da sega e da nintendo, o playstation e os demais videogames 3d enxiam os olhos de qualquer um que parasse pra ver bem como a indústria desse segmento, pela primeira vez na história, se tornou mais rentável que a própria indústria do cinema.

Ser nerd nos anos noventa era um caminho bem comum. Nem mesmo um diploma do ensino médio era necessário pra se consumir cultura nerd.

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anos 2000 - tudo o que já foi feito em mídia está disponível gratuitamente na internet.

Os computadores parecem videogames modernos, podendo ser operados até por macacos e até pelas mulheres!(brincadeirinha, gente!)

Os videogames que já são praticamente reais, também são de graça em forma de emuladores e roms.

Animes e Mangas são uma praga com seus roteiros repetitivos e personagens superficiais, além de serem extremamente fáceis de se conseguir, também na internet.

Os MMORPGs se popularizam muito, praticamente aposentando os antigos RPGs de mesa como o Dungeons and Dragons e o Vampiro - a máscara.

Enfim, se você é bípede e tem um polegar opositor (e não necessariamente um telencéfalo altamente desenvolvido) você já pode ser nerd. O caminho da "nerdice" do século XXI é convidativo e praticamente sem obstáculos à inteligência de quem quer que se interesse pela subcultura nerd.


Nos anos setenta, as pessoas que perdiam a virgindade antes dos vinte, praticavam esportes, mantinham uma vida social inclusive com pessoas do sexo oposto, ou seja, as pessoas normais, enxergavam os nerds como uma espécie de retardados mentais, esquisitos e anti-sociais. Idéia essa completamente preconceituosa, sendo que embora esquisitos, tratavam-se de pessoas extremamente inteligentes. Hoje em dia, no entanto, as alternativas às pessoas um pouco mais introvertidas são tão acessíveis, tão convidativas, que qualquer um se torna um nerd apenas por consumir produtos um pouco diferentes do grande público, sem exigir praticamente nenhum esforço intelectual.

De uma certa forma, o estereótipo setentista é bem válido para o nerd moderno, que ao contrário das expectativas dos avanços tecnológicos, emburreceu.